CISTOADENOCARCINOMA
- Dr. Diogo Tamiozo
- 18 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de mai. de 2024
O cistoadenocarcinoma, conhecido atualmente como neoplasia cística mucinosa com carcinoma invasivo, é um raro tipo de tumor maligno cístico que se desenvolve principalmente no fígado e, em casos menos frequentes, nos canais biliares extra-hepáticos.
Causa A origem exata do cistoadenocarcinoma ainda é desconhecida, embora se suspeite que possa evoluir de um cistoadenoma.
Fatores de Risco Não existem fatores de risco claramente identificados para o desenvolvimento deste tumor, reforçando sua raridade e complexidade.
Incidência Este tipo de tumor é extremamente raro, afetando principalmente indivíduos idosos acima de 60 anos, embora haja registros de casos em pessoas com mais de 30 anos.
Sintomas Os cistoadenocarcinomas podem crescer significativamente antes de serem descobertos. Os sintomas mais comuns incluem massas abdominais perceptíveis, desconforto ou dor e anorexia, muitas vezes persistindo por anos antes de um diagnóstico ser estabelecido. Em alguns casos, o tumor é detectado incidentalmente, sem sintomas associados.
Diagnóstico Identificar um cistoadenocarcinoma pode ser desafiador mesmo com tecnologias de imagem avançadas. A confirmação diagnóstica geralmente ocorre apenas após a remoção cirúrgica do tumor. É crucial diferenciar essa neoplasia de cistos simples, cisto hidático e cistoadenoma, dada a sua apresentação externa geralmente lisa.
Exames de Imagem: Ultrassonografias podem mostrar a lesão como uma grande massa hipoecóica com paredes espessadas e irregulares. A tomografia e ressonância magnética são recomendadas em caso de dúvida diagnóstica, evidenciando a natureza cística multilocular do tumor, com septações e potenciais calcificações na parede.
Exames de Sangue: Alterações nos exames de função hepática são raras. Marcadores tumorais como alfa-fetoproteína, CEA ou CA19-9 geralmente não apresentam alterações significativas.
Biópsia: É geralmente desaconselhada devido ao risco de sangramento e disseminação do tumor.
Complicações O cistoadenocarcinoma pode invadir estruturas adjacentes e metastatizar para outros órgãos.
Tratamento A abordagem terapêutica primária é cirúrgica, geralmente envolvendo uma hepatectomia para evitar recidivas e melhorar o prognóstico. A simples ressecção do cisto é desaconselhada devido ao alto risco de retorno do tumor.
Prognóstico Com uma ressecção cirúrgica adequada e na ausência de metástases, o prognóstico é geralmente muito positivo, frequentemente resultando em cura. Os efeitos da radioterapia e quimioterapia neste tipo de tumor ainda são desconhecidos e objeto de debate.
Prevenção Não há medidas preventivas conhecidas devido à incerteza das causas e dos fatores de risco associados ao cistoadenocarcinoma.
Este panorama detalha a natureza, desafios e abordagens relacionadas ao cistoadenocarcinoma, um raro câncer que requer atenção especializada para manejo eficaz e melhores desfechos clínicos.
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