CISTOS BILIARES / CISTO DE COLÉDOCO
- Dr. Diogo Tamiozo
- 22 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Cisto de Colédoco: São dilatações que podem ser únicas ou múltiplas ao longo do sistema de drenagem da bile, conhecido como árvore biliar. Essa condição abrange os ductos hepáticos, ducto hepático comum e colédoco.
Causa
A origem dos cistos de colédoco ainda não é completamente compreendida. Eles podem ser congênitos, ou seja, presentes desde o nascimento, ou adquiridos ao longo da vida.
Fatores de Risco
A condição está frequentemente associada à junção anômala dos ductos pancreáticos e biliares. Outras anomalias, como atresia das vias biliares e malformações congênitas diversas, também estão relacionadas ao desenvolvimento desses cistos.
Incidência
A incidência de cistos de colédoco é relativamente rara, ocorrendo em cerca de 1 em cada 100.000 a 150.000 pessoas, com uma prevalência maior em populações asiáticas e em mulheres.
Classificação
Os cistos de colédoco são classificados em vários tipos, que variam de acordo com a localização e a natureza da dilatação:
Tipo I: Dilatação do ducto hepático comum, representando 50 a 85% dos casos.
Tipo II: Dilatação sacular que se comunica com o ducto biliar comum.
Tipo III: Coledococele, dilatação limitada à porção intraduodenal do ducto colédoco.
Tipo IV: Múltiplos cistos tanto intra quanto extra-hepáticos.
Tipo V: Conhecido como doença de Caroli, envolve múltiplas dilatações dos ductos intra-hepáticos.
Sintomas
Os sintomas geralmente aparecem antes dos 10 anos de idade e podem incluir dor abdominal, icterícia, e uma massa abdominal palpável. Febre, náuseas, vômitos, prurido e perda de peso também podem ocorrer.
Diagnóstico
O diagnóstico é geralmente feito por meio de história clínica, exames de sangue e de imagem, como ecografia, que pode revelar a dilatação dos ductos biliares. A colangiorressonância é particularmente útil para um diagnóstico preciso.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tipo de cisto:
Tipos I, II, e IV: Geralmente requerem ressecção cirúrgica e reconstrução do fluxo biliar.
Tipo III: Pode necessitar de tratamento endoscópico ou cirúrgico, dependendo do tamanho.
Tipo V: Em casos avançados, pode requerer transplante hepático.
Complicações
Os cistos podem aumentar o risco de desenvolver câncer de vias biliares, especialmente nos tipos com maior potencial de malignização. Outras complicações incluem colangite, pancreatite e complicações cirúrgicas após a intervenção.
Prognóstico
O prognóstico após tratamento adequado é geralmente bom, mas depende da completa ressecção do cisto e da prevenção de complicações malignas. Seguimentos regulares são recomendados para monitorar possíveis recorrências ou desenvolvimento de câncer.
Prevenção
Não há métodos estabelecidos para prevenir o desenvolvimento de cistos de colédoco, dado o caráter predominantemente congênito da condição. A atenção deve estar voltada para a detecção precoce e tratamento adequado para evitar complicações graves.
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