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COLANGIOCARCINOMA

  • Foto do escritor: Dr. Diogo Tamiozo
    Dr. Diogo Tamiozo
  • 22 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

O colangiocarcinoma é um tipo de câncer que se origina nas células dos ductos biliares, podendo ser classificado como intra-hepático ou extra-hepático, dependendo de sua localização no fígado. A forma que ocorre na bifurcação desses ductos é conhecida como Tumor de Klatskin.

Classificação de Bismuth-Corlette

  • Tipo I: Tumor localizado abaixo da confluência dos ductos hepáticos direito e esquerdo.

  • Tipo II: Tumor atinge a confluência dos ductos hepáticos.

  • Tipo III: Tumor obstrui o ducto hepático comum e envolve o ducto hepático direito (IIIa) ou esquerdo (IIIb).

  • Tipo IV: Tumor multicêntrico ou que envolve ambos os ductos hepáticos.

Causas e Fatores de Risco

  • Doenças preexistentes: Pacientes com colangite esclerosante ou cistos de colédoco têm maior predisposição.

  • Exposição a substâncias: Exposição passada ao Thorotrast e a certos ambientes industriais.

  • Condições genéticas e raras: Síndrome de Lynch e papilomatose biliar.

Epidemiologia O colangiocarcinoma representa cerca de 3% de todos os cânceres gastrointestinais, com incidência variando entre um e dois casos por 100.000 pessoas anualmente nos Estados Unidos. A incidência deste câncer está aumentando intra-hepaticamente e diminuindo extra-hepaticamente, por razões ainda não totalmente compreendidas.

Sintomas Os sintomas surgem geralmente quando há obstrução dos ductos biliares, incluindo coceira, desconforto abdominal, perda de peso e febre. A icterícia é um indicativo comum, surgindo muitas vezes como o primeiro sinal notável da doença.

Diagnóstico O diagnóstico é frequentemente confirmado através de icterícia observada em exames físicos, seguido de investigações com ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética. A ecografia é tipicamente o primeiro exame, mostrando dilatação dos ductos biliares e possível localização da massa obstrutiva.

Tratamento A ressecção cirúrgica oferece a única chance de cura, embora muitos casos sejam inoperáveis no momento do diagnóstico devido à extensão da doença. A drenagem biliar, seja por colangiografia endoscópica retrógrada ou transparietohepática, é frequentemente usada para aliviar a obstrução biliar antes de outras intervenções.

Terapias Complementares

  • Quimioterapia e Radioterapia: Utilizadas para reduzir o tumor ou controlar sintomas, não raramente em conjunto.

  • Braquiterapia e Ablação: Técnicas que podem ser aplicadas em casos selecionados para tratar ou reduzir tumores.

Prognóstico O prognóstico para colangiocarcinoma varia significativamente com a localização do tumor e o estágio no qual é diagnosticado. Tratamentos avançados e abordagens multidisciplinares podem melhorar a sobrevida, especialmente em casos detectados precocemente.

Prevenção Monitoramento rigoroso é recomendado para indivíduos com riscos elevados, como aqueles com colangite esclerosante. Evitar exposições conhecidas a carcinógenos também pode ajudar na prevenção.

Este tipo de câncer exige uma abordagem cuidadosa e especializada para tratamento e diagnóstico, refletindo a complexidade e a gravidade associada ao colangiocarcinoma.


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