CÂNCER DE VESÍCULA BILIAR

O câncer de vesícula biliar é um tipo raro de tumor maligno que se desenvolve nas células da vesícula biliar, sendo o mais comum entre os cânceres das vias biliares.

Causas

Embora as causas exatas do câncer de vesícula biliar não sejam plenamente compreendidas, acredita-se que esteja relacionado à inflamação crônica da vesícula, frequentemente associada a pedras na vesícula (colelitíase) e outros fatores inflamatórios crônicos.

Fatores de Risco

• Colelitíase: A presença de pedras na vesícula é um fator de risco significativo, encontrada em 70 a 90% dos casos de câncer de vesícula, especialmente quando os cálculos são grandes (maiores que 3 cm).

• Vesícula em Porcelana: A calcificação da parede da vesícula, uma condição chamada vesícula em porcelana, aumenta o risco de câncer.

• Pólipos de Vesícula: Especialmente aqueles maiores que 1 cm, podem aumentar o risco de câncer.

• Junção Anômala dos Ductos Pancreatobiliar: Esta anomalia anatômica pode aumentar o risco de câncer devido ao refluxo de suco pancreático para as vias biliares.

• Exposição a Carcinógenos: Certas ocupações que expõem indivíduos a carcinógenos, como radônio, e hábitos como o tabagismo, podem aumentar o risco.

• Infecções Crônicas: A infecção persistente por Salmonella typhi ou colonização por Helicobacter bílis também foi associada a um risco aumentado.

Incidência

Câncer de vesícula biliar é relativamente raro, sendo mais prevalente em mulheres e em indivíduos acima de 40 anos. Nos Estados Unidos, é diagnosticado em menos de 5.000 pessoas por ano.

Sintomas

Muitos casos são assintomáticos em seus estágios iniciais. Sintomas podem incluir dor biliar, náuseas, vômitos, perda de peso e, em estágios avançados, icterícia.

Diagnóstico

O diagnóstico é frequentemente feito incidentalmente durante exames de imagem para outras condições ou durante e após procedimentos cirúrgicos como a colecistectomia. Exames úteis incluem:

• Ecografia: Detecta massas, calcificações ou espessamento da parede da vesícula.

• Tomografia e Ressonância Magnética: Essenciais para avaliar a extensão do câncer e a possível invasão de tecidos adjacentes.

• Colangiografia Endoscópica Retrógrada: Utilizada para examinar as vias biliares e administrar tratamento, se necessário.

Tratamento

A colecistectomia, ou remoção da vesícula biliar, é o principal tratamento para câncer de vesícula biliar, especialmente quando detectado em estágios iniciais. Em casos avançados, pode ser necessário um tratamento mais extenso, incluindo a remoção de partes do fígado e ductos biliares adjacentes.

Prevenção

Não há medidas específicas para prevenir o câncer de vesícula biliar, mas manter um estilo de vida saudável e tratar condições predisponentes como pedras na vesícula pode ajudar a reduzir o risco. Pacientes com alto risco, como aqueles com vesícula em porcelana ou pólipos significativos, devem considerar a remoção profilática da vesícula.