DISFUNÇÃO DO ESFÍNCTER DE ODDI
- Dr. Diogo Tamiozo
- 22 de abr. de 2024
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Esfíncter de Oddi: É um músculo crucial situado na junção dos ductos colédoco e pancreático, que desembocam no duodeno.
Disfunção do Esfíncter de Oddi: Esta síndrome ocorre quando há uma obstrução dos ductos biliares ou do ducto pancreático devido a uma disfunção desse esfíncter, resultando em uma pressão anormalmente alta no local.
Causa
A disfunção pode ser causada por uma contração excessiva ou por uma estenose (estreitamento) do esfíncter, frequentemente devido a processos inflamatórios prévios como pancreatite aguda, passagem de cálculos biliares, infecção, ou trauma após procedimentos como a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada.
Fatores de Risco
Os principais fatores de risco incluem histórico de pancreatite aguda, passagem de cálculos biliares, trauma pós-procedimento endoscópico, e colecistectomia prévia, embora a disfunção do esfíncter de Oddi seja rara em pacientes pós-colecistectomia.
Incidência
A disfunção do esfíncter de Oddi é mais prevalente em mulheres.
Sintomas
Os sintomas incluem dor tipo biliar que pode ser acompanhada de náuseas, vômitos e sudorese. A dor geralmente é intensa, dura no mínimo 30 minutos e pode interromper o sono ou atividades diárias.
Classificação
Tipo I: Apresenta dor biliar, alterações nos testes de função hepática e dilatação do ducto hepático comum.
Tipo II: Apresenta dor biliar e alterações nos testes de função hepática ou dilatação do ducto hepático comum.
Tipo III: Apresenta somente dor biliar, sem alterações nos testes de função hepática ou dilatação do ducto hepático comum.
Diagnóstico
O diagnóstico é desafiador e frequentemente baseado na apresentação clínica e na exclusão de outras condições. As alterações nos testes de função hepática durante episódios de dor podem indicar disfunção.
Exames de Diagnóstico
Manometria do Esfíncter de Oddi: Mede a pressão dentro do esfíncter e pode revelar obstrução. Este exame tem riscos, incluindo pancreatite.
Ecografia: Geralmente normal, pode mostrar dilatação leve das vias biliares.
Cintilografia com DISIDA ou HIDA: Usada para avaliar a função biliar, não diagnostica diretamente a disfunção do esfíncter.
Tratamento
O tratamento primário para casos confirmados (especialmente tipo I) é a esfincterotomia realizada durante a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, que pode aliviar a obstrução. Para os tipos II e III, o tratamento pode incluir manometria para confirmação antes da esfincterotomia ou tratamento conservador com medicamentos, dependendo da severidade e frequência dos sintomas.
Prognóstico
A disfunção do esfíncter de Oddi é geralmente benigna, mas pode causar significativo desconforto e complicações como pancreatite aguda. A abordagem terapêutica correta pode aliviar os sintomas e prevenir recorrências.
Diagnóstico Diferencial
Inclui outras causas de dor abdominal superior, como colelitíase, pancreatite, e condições gastrointestinais como a gastrite.
Prevenção
Não há medidas preventivas específicas para a disfunção do esfíncter de Oddi, mas uma dieta balanceada e controle de condições subjacentes podem ajudar a minimizar os riscos associados com fatores de risco conhecidos.