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Doença Policística

  • Foto do escritor: Dr. Diogo Tamiozo
    Dr. Diogo Tamiozo
  • 18 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

O que é a Doença Policística? A doença policística é uma condição genética caracterizada pela formação de cistos principalmente nos rins e, em muitos casos, também no fígado e no pâncreas. Existem duas variantes principais: a doença policística renal, na qual até 70% dos pacientes desenvolvem cistos hepáticos e até 10% desenvolvem cistos pancreáticos, e a doença policística hepática, que, embora focalizada no fígado, pode ocasionalmente envolver os rins.

Causa Esta condição é hereditária, seguindo um padrão autossômico dominante, com mutações conhecidas nos genes PRKCSH e SEC63.

Fatores de Risco Como uma doença genética, a doença policística não é adquirida através de fatores ambientais ou de estilo de vida, mas está enraizada na genética do indivíduo. É interessante notar que os hormônios femininos podem influenciar a severidade da doença, visto que mulheres, especialmente aquelas com histórico de múltiplas gestações, frequentemente apresentam cistos maiores e mais sintomáticos.

Incidência A incidência de cistos hepáticos em pacientes com doença policística aumenta com a idade, atingindo 10 a 20% aos 30 anos e 50 a 70% aos 60 anos. Homens e mulheres são igualmente afetados em termos de desenvolvimento de cistos hepáticos, embora cistos grandes sejam mais comuns em mulheres jovens.

Sintomas A maioria dos pacientes com doença policística não apresenta sintomas, e a condição é frequentemente descoberta incidentalmente. Enquanto a função hepática geralmente permanece normal, uma minoria dos pacientes pode experienciar desconforto e dor abdominal. Complicações como sangramento, infecção ou ruptura dos cistos são raras, mas possíveis.

Diagnóstico O diagnóstico é comumente realizado durante exames de rotina, como ecografias, que identificam os cistos como formações hipoecóicas (mais escuras que o tecido hepático circundante), bem delimitadas, arredondadas e uniloculadas, com paredes quase imperceptíveis. A ecografia também pode revelar múltiplos cistos, e geralmente é suficiente para confirmar o diagnóstico.

Exames de Sangue Alterações nos exames de função hepática são raras, refletindo a natureza geralmente benigna dos cistos em termos de função hepática.

Tratamento O tratamento para a doença policística é tipicamente conservador, focando em manejar sintomas quando eles surgem. A cirurgia para remover a vesícula é recomendada quando associada a pedras na vesícula ou suspeitas de malignidade. No entanto, a intervenção cirúrgica direta nos cistos é raramente necessária a menos que haja complicações significativas como dor severa, sangramento ou sinais de infecção.

Acompanhamento Não há um consenso claro sobre como deve ser o acompanhamento de longo prazo para pacientes com doença policística, variando de acordo com os sintomas e a evolução da doença. Contudo, exames de imagem periódicos podem ser recomendados para monitorar o crescimento dos cistos e a função hepática.

Prognóstico Embora a doença policística possa ser uma preocupação significativa para os pacientes devido ao potencial de crescimento dos cistos e o desconforto associado, a maioria dos estudos indica que não há um aumento no risco de transformação maligna dos cistos, portanto, o prognóstico é geralmente bom com o manejo adequado.

Este resumo fornece uma visão geral da doença policística, destacando sua natureza genética, o padrão de desenvolvimento dos cistos, e as estratégias para diagnóstico e manejo.



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