Metástase de Tumor Neuroendócrino ou Carcinoide
- Dr. Diogo Tamiozo
- 18 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
O que é Tumores neuroendócrinos se desenvolvem a partir de células neuroendócrinas espalhadas pelo corpo, sendo mais prevalentes no pâncreas. Dentre esses tumores, os carcinoides, insulinomas, vipomas e glucagonomas são comuns, com os carcinoides frequentemente encontrados no apêndice, intestino delgado, reto e pulmões. Esses tumores podem metastatizar para o fígado através do sangue ou contato direto. A presença de metástases indica um estágio avançado da doença, mas com tratamento adequado e uma equipe multidisciplinar, ainda há possibilidades de cura e extensão da sobrevida.
Causa O fígado funciona como um filtro natural para o sangue proveniente do intestino delgado, grosso, pâncreas e estômago, capturando células malignas que podem se proliferar e formar tumores.
Fatores de Risco O risco de desenvolver metástases hepáticas varia de acordo com o tipo, localização, tamanho e agressividade do tumor neuroendócrino original. Não há fatores de risco específicos para o tumor carcinoide em si, embora antecedentes familiares de tumores neuroendócrinos possam aumentar o risco. A Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 1 (MEN1), uma condição genética, também aumenta a predisposição a esses tumores.
Incidência Tumores neuroendócrinos têm uma incidência de aproximadamente 4,7 por 100.000 habitantes, sendo mais comuns em homens e indivíduos afro-americanos. A idade média ao diagnóstico é 63 anos, e tem havido um aumento global na incidência, provavelmente devido a diagnósticos mais frequentes em exames de rotina.
Sintomas Muitos pacientes com metástases hepáticas de tumores neuroendócrinos são assintomáticos. Os sintomas, quando presentes, estão associados ao tumor primário e podem incluir dor abdominal, icterícia e saciedade precoce. Sintomas relacionados à secreção hormonal incluem palpitações, sudorese intensa, vermelhidão facial, diarreia e hipertensão, característicos da síndrome carcinoide.
Diagnóstico Metástases hepáticas frequentemente são identificadas durante exames de rotina em pacientes assintomáticos. O diagnóstico pode preceder a identificação do tumor primário ou ocorrer após seu tratamento. Exames de sangue podem mostrar alterações hepáticas e marcadores específicos como a Cromogranina A e o ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA).
Tratamento O manejo de metástases hepáticas por tumor neuroendócrino requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo oncologistas, cirurgiões, radiologistas, patologistas e hepatologistas. O tratamento é personalizado, frequentemente combinando medicamentos, cirurgia e técnicas de ablação. A quimioembolização e a radioembolização são outras opções que ajudam a controlar o crescimento tumoral.
Prognóstico Pacientes com metástases hepáticas de tumores neuroendócrinos geralmente têm um prognóstico melhor do que aqueles com outros tipos de tumores metastáticos, com uma sobrevida média de cerca de 5 anos, variando conforme a origem do tumor primário.
Prevenção A detecção e remoção precoce do tumor primário podem prevenir o desenvolvimento de metástases. Estudos indicam que ter um familiar de primeiro grau com tumor neuroendócrino aumenta o risco relativo de desenvolver um tumor em 3,6 vezes.
Este panorama sobre a metástase de tumor neuroendócrino ou carcinoide destaca a importância de uma vigilância clínica rigorosa e um manejo cuidadoso para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.
Comments