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VESÍCULA EM PORCELANA

  • Foto do escritor: Dr. Diogo Tamiozo
    Dr. Diogo Tamiozo
  • 22 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Vesícula em Porcelana refere-se a uma condição médica onde a parede da vesícula biliar exibe calcificação, semelhante à aparência de porcelana. Este fenômeno é geralmente resultado de inflamação crônica prolongada.

Estrutura da Vesícula Biliar

A vesícula biliar é um pequeno órgão em forma de pera situado sob o fígado. Ela armazena bile, um líquido produzido pelo fígado para ajudar na digestão de gorduras. A bile flui do fígado através dos ductos hepáticos para o colédoco e daí para o intestino delgado, ou é armazenada na vesícula biliar.

Causa

A calcificação da vesícula, ou vesícula em porcelana, normalmente decorre de um processo inflamatório crônico, como a colecistite crônica. Em até 95% dos casos, está associada à presença de cálculos biliares.

Fatores de Risco

Esta condição é mais prevalente em mulheres, com uma proporção de 5:1 em comparação aos homens, e comumente afeta indivíduos na faixa etária de 40 a 70 anos.

Incidência

A vesícula em porcelana é rara, encontrada em apenas 0,06 a 0,08% das autópsias e até 0,2% dos pacientes submetidos a colecistectomias.

Sintomas

Muitos pacientes não apresentam sintomas. Quando sintomáticos, os indivíduos podem experienciar dor biliar típica, náuseas, vômitos e sudorese, especialmente quando há cálculos biliares envolvidos.

Diagnóstico

O diagnóstico é frequentemente feito de forma incidental durante exames de imagem como raios X abdominais ou ultrassonografias, onde a calcificação da parede da vesícula pode ser observada. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética também podem ser utilizadas para confirmar o diagnóstico. Geralmente, os exames de função hepática não mostram alterações significativas.

Complicações

Embora seja uma condição benigna, a vesícula em porcelana está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de câncer de vesícula biliar, estimado em 2 a 3%, mas podendo variar significativamente nos estudos.

Tratamento

A abordagem recomendada é cirúrgica, através de colecistectomia, mesmo para pacientes assintomáticos, devido ao risco associado de câncer. A cirurgia laparoscópica é geralmente preferida devido à recuperação mais rápida e menor invasividade.


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